10.12.21

E aí?

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É meio bizarro pensar no tanto de coisa que a gente faz em uns poucos dias. Não tinha parado pra pensar, mas até quando eu sinto que não estou fazendo nada eu estou em movimento. 

Li um livro inteiro em uns 2 dias
era bem triste.
O nome da protagonista era Júlia e
me doeu mais do que teria doído
se o nome dela não fosse o de alguém que eu amo. 

Comecei uma ou duas séries de TV novas e assisti muitos
muitos
episódios das que eu já estava assitindo antes. 

Percebi que agora o jeito que eu me sinto sobre os meus ídolos não me sufoca mais tanto, 
então agora eu me pergunto se estou fazendo errado. 
Não gosto de ninguém na timeline da minha segunda conta. 

Ganhei uma vaquinha de pelúcia. 

Percebi que não tenho noção nem de tempo e nem de espaço.

Perdi uns 3 prazos. Não contei pra ninguém. 

Agora meu quarto tem cortina. 

Debati comigo mesma se deveria ou não repintar um porta-retrato no qual eu desenhei quando era criança. Eu não estaria traindo ela? Mas ela é você. Sim, mas isso não seria dizer pra ela que o que ela desenhou não é bom o suficiente?

Voltei pra faculdade. Em casa, ainda. Odeio tudo. Não consigo ler nada que eu preciso e tudo demanda um esforço sobrehumano de mim. Preciso ir no médico. 

As carteirinhas novas do plano chegaram. Que engraçado. Agora eu tenho o mesmo plano que a Júlia. 

O Natal vai ser um saco. Não faço ideia do que vai rolar no ano novo. Tudo é um sacrifício -- fazer uma escolha significa sacrificar a outra. Como as pessoas não se sentem paralizadas frente a qualquer decisão? 

Estou comendo demais. Mas a vida é tão curta pra pensar assim. Mas isso vai ter uma consequência também. 

Não tenho nada pra falar na terapia, mas não me sinto bem. Não me sinto bem. Preciso ir no médico. 

Consegui consertar o erro de paginação do blog, depois de meses. Talvez eu ainda seja um pouco esperta, sei lá. Não contei pra ninguém. Não tinha pra quem contar. 

Não tinha pra quem contar. 

Tirei uma pilha de roupa do armário. Não quero mais, e só ocupa espaço. Percebi que me sinto assim sobre um monte de gente. É mais difícil esvazear esse tipo de armário. 

Descobri por que não consigo ler o livro que comecei há uns 2 meses. É a tradução. E agora? 

Tudo que eu faço é por obrigação. Não acredito em nada do que eu me comprometi a fazer. Mas descobri que ficar é uma escolha que eu fiz. O jeito então é encarar. 

É difícil focar nos meus textos sobre teoria tradutória quando o mundo tá acabando. Você me ouviu? O mundo tá acabando. Você está na Terra. Não tem cura pra isso. 

Tive uma ideia pra um conto de Natal. Não consigo escrever. Comecei, mas e agora? O tempo tá acabando. Mas eu só sei disso meio por cima, porque não consigo perceber. 

Comecei a ler Gen - Pés Descalços. Acho que não devia. Vai acabar comigo. Isso é ser muito frufru? 

Existem tantas possibilidades. Não tenho força de vontade pra perseguir nenhuma. 

Quanto tempo demora até que alguém que te conhecia não te conheça mais? Quanta coisa você tem que fazer longe dessa pessoa? 

E se eu não for especial? 

Eu sou uma gaiola de novo? Meu Deus. Eu sou uma gaiola de novo? 

Vou lá lavar a louça.


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